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26 de jul. de 2018

Primeiras colheitas em horta urbana


Transformar um terreno em horta parece ser uma tarefa árdua, e a escolha das espécies iniciais é crucial para o sucesso final. As espécies que semeamos foram se desenvolvendo e ocupando parte do terreno que, anteriormente, tinha apenas pedras e vegetação nativa. Durante esse período, o trabalho se restringiu a proteger as plantas da competição excessiva com a vegetação nativa e às irrigações. As irrigações não foram muitas, porque as chuvas foram fartas nesse período. Quanto às capinas, fizemos apenas o necessário para segurar o desenvolvimento inicial das espécies cultivadas, pois entendemos que a convivência destas espécies com a vegetação original é importante para assegurar o equilibro ecológico do ambiente. Esse equilíbrio pode, inclusive, ser inferido pela presença de uma variedade de pequenos animais e insetos, o que deve ter contribuído para a redução do ataque de pragas nas espécies cultivadas.








Além disso, tivemos a agradável surpresa de constatar na vegetação nativa a presença de algumas saborosas e nutritivas espécies de plantas alimentícias não convencionais, as PANCs: serralha, trapoeraba, caruru, beldroega, damiana (xanana, flor-do-guarujá), dentre outras.

Após alguns meses, surgiram as primeiras colheitas. A primeira foi a do maxixe, que durante cerca de três meses nos brindou com uma abundante produção de frutos. E como foram muitas colheitas, aproveitamos para fazer várias conservas do maxixe (picles).



Uma das nossas colheitas de maxixe. 

Conserva de maxixe.

Vieram também abóbora, moranga, quiabo, melão, melancia, feijão-caupi, feijão mangalô (orelha-padre e lablab):









Todo esse período muito quente não é propício ao plantio de hortaliças folhosas, sobretudo aquelas exigentes em temperaturas mais amenas (alface, chicória, couve, etc.). Mas tinha a bertalha, que se desenvolveu muito bem.  Suas folhas, juntamente com as PANCs encontradas no terreno, vêm deste então enfeitando e enriquecendo nossos pratos.



 
Bertalha

Com essas primeiras experiências de plantio, obtivemos uma colheita inicial de legumes e verduras saudáveis e conseguimos ocupar uma parte razoável do terreno. Mas não ficamos por aí! No decurso desse período expandimos a área ocupada, mediante o cultivo de outras espécies, tais como moringa, chuchu baiano (caxi), mandioca, milho, feijão-guandu (andu, guando), banana (nanica e ouro) e berinjela, que aos poucos nós vamos mostrando aqui. 



Abóbora, feijão-de-porco, moranga, melancia, melão.

Melancia.

Abóbora.

Moranga.

Moranga.

Melão.
Banana.


Quiabo.

Feijão-guandu.

Feijão-caupi.

Cará-roxo.
Mais a frente: jiló; Nos fundos (ao lado do muro): mamão e bertalha.
Mandioca.


Berinjela.

Berinjela.

Mudou muito? Parece pouco, mas você se lembra de como era (veja aqui)? E se pensarmos que essa mudança foi feita sem o uso de equipamentos caros, adubos químicos ou agrotóxico, e que ela resultou somente de dedicação e trabalho com ferramentas simples (enxada, enxadão e foice) e do aproveitamento de nosso lixo, já não parece tão pouco. E se isso aconteceu em apenas poucos meses, o que poderíamos fazer mais? Novidades nas próximas postagens. Até mais.


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