Hoje
vamos iniciar uma série de postagens sobre as PANCs, plantas alimentícias não convencionais, trazendo um pouco de
informação sobre algumas delas. E nada melhor para começar com a nossa
queridinha bertalha (Basella alba L.), mais “famosa” no
Estado do Rio de Janeiro, também conhecida como espinafre-indiano em alguns lugares do Brasil. Trata-se se uma
trepadeira de caule suculento e liso, com folhas verdes a verde-escuras.
Quem nos
acompanha, já viu que a bertalha foi uma das primeiras plantas selecionadas para a nossa horta. A bertalha é de fácil
cultivo, se desenvolve melhor em pleno sol (mas tolera lugares sombreados onde
haja iluminação) e em clima quente, sendo duradoura nessas condições. E, ao
contrário de outras hortaliças folhosas, é mais “rústica” e aguenta períodos de
estiagens e temperaturas mais altas.
Finalidades:
planta alimentícia, pode ser consumida refogada ou cozida em ensopados ou
outros preparos. O sabor é suave, lembra bem espinafre. Entretanto, suas folhas
são mais tenras e carnudas, bastante suculentas.
Seus frutos, quando verdes, podem
ser consumidos como uma “ervilhinha” e os maduros produzem um corante alimentar
roxo.
Por ser rica em ácido oxálico,
não é recomendável o seu consumo cru e em exagero. Entretanto, a bertalha é
muito nutritiva, e além disso também
é uma planta medicinal (mais
informações podem ser vistas neste artigo aqui).
Propagação: por sementes (germinação em
torno de 10 dias) ou pelo enraizamento dos ramos. Por se tratar de uma
trepadeira, fizemos um suporte para elas serem conduzidas.
A planta apresenta desenvolvimento
rápido e logo já se consegue ter boas colheitas. Em nossa experiência, o que se
destacou foi a rusticidade da bertalha. Plantada em solo pobre e sem a ajuda de
qualquer fertilizante, a planta se desenvolveu vigorosamente (fotos abaixo), e
logo já estávamos utilizando suas suculentas folhas em nossas receitas.
Bertalha: 17 de março de 2018. |
Bertalha: 07 de abril de 2018. |
Bertalha: 28 de abril de 2018. |
Bertalha: 09 de junho de 2018. |
Bertalha: 24 de junho de 2018. |
Bertalha: 21 de julho de 2018. |
Bertalha: 04 de agosto de 2018. |
Para finalizar, é preciso ressaltar
que existem outras espécies de bertalha, como é o caso da Basella rubra L. (possui caule vermelho a vermelho-arroxeado) e da Anredera cordifolia (Ten.) Steenis (conhecida
como bertalha-coração). A bertalha de caule vermelho-arroxeado nós
ainda não possuímos; já a bertalha-coração nós temos, mas esta será assunto
para um outro dia 😉 Então,
até logo!
Mais informações/fotos: Bertalha - Basella alba L.
Mais informações/fotos: Bertalha - Basella alba L.
Referências:
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Manual de hortaliças não-convencionais. Brasília: Mapa/ACS, 2010. 92p.
PELLEGRINI, M.O.O.; IMIG, D.C. Basellaceae in Flora do Brasil 2020 em
construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB34117>. Acesso em: 26
Jul. 2018
RANIERI, G. R. et al. Guia prático sobre PANCs: plantas alimentícias não convencionais. São Paulo: Instituto Kairós, 2017, 44p.
Não conhecia as sementes da bertalha. Gostei.
ResponderExcluirGratos por comentar! ☺️☺️
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