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2 de jul. de 2020

Fazendo farinha de mandioca com a nossa primeira prensa | Farinha de mandioca, polvilho e "tucupi manso"

A produção caseira de farinha de mandioca é um pouco trabalhosa. E pode-se questionar se isso vale a pena, considerando-se o preço relativamente baixo de um quilo de farinha no mercado.

Mas nossa proposta é buscar níveis cada vez mais elevados de autossuficiência alimentar, e não faria sentindo ter mandioca no quintal e comprar farinha no mercado.

Portanto, seguimos fazendo nossa própria farinha, e no processo geramos também polvilho e tucupi.

E vamos buscando aperfeiçoar as técnincas, visando facilitar o beneficiamento dessa raíz que é tão importante para quem quer autossuficiência.

Inicialmente, a mandioca é descascada, cortada em pedaços menores e batida com água no liquidificador.

Mandioca descascada e cortada em pedaços menores para ser batida com água no liquidificador.

Em seguida, essa massa vai para uma peneira que permita separar de forma mais grosseira o líquido do sólido.

 Para facilitar, a massa passa por uma peneira mais grossa.

O líquido obtido na fase anterior passa agora por uma peneira mais fina, que retira o restante da parte sólida.

"Líquido" da primeira peneiragem.

O "líquido" passa por uma peneira mais fina.

Pode-se aproveitar o líquido coado ao invés da água para bater o restante da mandioca.

Aproveitando o líquido coado ao invés da água para bater o restante da mandioca.

Uma das etapas mais difíceis na produção caseira é a retirada de excesso de líquido que ainda permanece na parte sólida obtida (massa).

Por isso, estamos desenvolvendo algumas prensas para facilitar essa etapa.

Essa que está aí, que tem como princípio  o uso de um macaco hidráulico, é uma delas.





A prensa funcionou bem

Como podem ver, a massa está agora bem seca, pronta para ir ao sol.




Em um post futuro mostraremos uma outra prensa que estamos desenvolvendo, mais barata e mais fácil de se construir, e quem vem dando ótimos resultados!

Próximas etapas da produção da farinha: secagem ao sol e torra (no ponto de preferência). E pronto! 

Secagem ao sol.

Farinha torrada.

Feita a farinha, resta aproveitar a parte "líquida" .

Deve-se deixar a parte "líquida" em repouso (ideal entre 18 e 24 horas) para decantar o polvilho.

Após esse período, o líquido é escoado, o polvilho vai ao sol para a secagem e então estará pronto para o consumo.



Polvilho doce pronto para o consumo.

Finalmente, pode-se fazer um tucupi com o líquido que sobrou  (manipueira).

O tucupi, muito apreciado na região Norte do país, é feito com a mandioca brava. Entretanto, a mandioca que temos não é a brava, e o que fazemos aqui é o "tucupi manso".

Para fazê-lo, deixamos o líquido descansar (fermentação natural) por cerca de 24 horas, e em seguida o fervemos com alguns temperos. Geralmente, os temperos mais utilizados nesse momento são: alho, pimenta de cheiro e coentro.

Manipueira.

"Tucupi manso".

Quando o tucupi é feito de mandioca brava, a manipueira precisa de um cozimento maior para a eliminação do alto teor de ácido cianídrico (cerca de uma hora). No nosso caso, como é feito com a mandioca mansa, fervemos até o caldo pegar todo o sabor dos temperos adicionados.

E assim conseguimos aproveitar toda a raiz. Todas as etapas podem ser vistas no vídeo abaixo:



Esperamos que tenha gostado. Até logo!


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