Transformando terreno em horta

Na postagem anterior, especulávamos como deveriam ser grandes as possibilidades de cultivo numa área maior! Por muito tempo, isso só ficou na imaginação. Porém, mais recentemente, esse sonho começou a se tornar realidade com a compra de um lote, visando a construção de uma casa, onde haveria ainda espaço suficiente para cultivar uma horta orgânica.




Antes mesmo de iniciar a construção da casa, já partimos para as primeiras atividades de preparação do terreno para receber as primeiras sementes: limpeza do terreno, retirada de paus, pedras, restos de materiais de construção, etc. Mas isso não foi feito tudo de uma vez, pois trata-se de um trabalho bastante árduo, demorado e que nunca termina. Aí vai uma dica: comece limpando um cantinho, cultive-o, e vá aos poucos explorando o espaço restante. Se não você pode desanimar! Entenda que a limpeza do terreno, a substituição da vegetação existente e a melhoria do solo são atividades permanentes, que deverão a cada dia tornar o seu espaço mais fértil, produtivo e adaptado ao seu principal objetivo: produzir alimentos saudáveis.


E foi assim que começamos. Num pequeno cantinho próximo ao muro do condomínio, iniciamos nossas atividades, tendo à mão algumas sementes e mudas: bertalha, quiabo, maxixe, mangalô (também conhecido como orelha-padre e lablab), cará roxo, abacaxi e mamão. Esse início pode ser visto abaixo:

Bertalha

Da esquerda pra direita: abacaxi, maxixe, mamão e bertalha
Atrás: mamão e maxixe; na frente: quiabo
Atrás: maxixe, abacaxi e mamão; na frente: quiabo 
Junto ao muro (atrás): maxixe, mamão e abacaxi; na frente: quiabo
Atrás: maxixe, abacaxi e mamão; na frente: quiabo

Cará roxo
Cará roxo

Feijão mangalô
Em seguida, expandimos um pouco mais essa pequena ilha de cultivo, adicionando sementes de melão e moranga em mais uma pequena faixa de terra. E, um pouco depois, ocupamos mais um espaço com o cultivo de melancias e abóboras. Nesse processo inicial, o cultivo de abóbora foi muito importante, uma vez que suas ramas se desenvolvem bastante, o que ajuda a combater o mato. Mas já pensando desde o início neste problema (o mato), e mantendo como o princípio de não empregar herbicidas, pois do contrário não teríamos uma horta orgânica, optamos por ocupar ao máximo o terreno já explorado, semeando as espécies úteis de que dispúnhamos. Foi com essa perspectiva que entremeamos esses cultivos com com feijão caupi, feijão de porco e amendoim. Além de ocupar os espaços vazios, essas espécies são da família das fabáceas (leguminosas), podem ser consumidas exceto feijão de porco e contribuem para a melhoria do solo, pois graças a uma simbiose que desenvolvem com bactérias do gênero rizóbio são capazes de fixar nitrogênio atmosférico no solo.

Deu certo? Te conto daí a pouco.

Nos fundos, da esquerda para direita: moranga, melão, ramificação do maxixe, quiabo, maxixe; na frente: bertalha
Morangas (a parte mais esquerda da foto)
Moranga
Moranga
Melancia

Da esquerda para a direita: melancia, feijão caupi, abóbora e feijão de porco
Feijão caupi

Feijão de porco

Feijão de porco

Abóbora consorciada com feijão de porco (adubo verde); na frente: amendoim
Na frente: amendoim; atrás: abóbora

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