Como enxertar pitaya ‘Palora do Equador’ – Troca de copa

Nossa experiência com Enxertia da Pitaya ‘Palora do Equador’

Depois de uma poda radical na nossa pitaya – que já estava quase derrubando a moringa usada como suporte – surgiu a ideia de fazer algo novo: testar a troca de copa com uma variedade autofértil. A escolhida foi a ‘Palora do Equador’, da espécie Selenicereus megalanthus. O post mostra todo o processo, desde o enxerto tipo cunha até os resultados um mês e meio depois. Também falamos sobre o que deu certo, o que poderia ter sido feito melhor, e os aprendizados que surgiram dessa tentativa. Um conteúdo útil para quem cultiva pitayas, está pensando em enxertia ou só quer acompanhar uma experiência feita no clima quente do norte do Rio de Janeiro. Vamos lá?

Eu não sei se vocês se lembram, mas nós postamos um vídeo no nosso canal mostrando como a nossa pitaya cresceu demais, a ponto de ameaçar derrubar a moringa que estava servindo de suporte. Por conta disso, tivemos que fazer uma poda drástica — praticamente eliminar a pitaya para podermos recomeçar. Aliás, temos um vídeo aqui no canal falando sobre isso e vamos deixar o link para quem quiser conferir.

Aproveitamos que a pitaya está rebrotando e decidimos fazer uma experiência de troca de copa. Nosso objetivo é termos uma pitaya autofértil, o que não é o caso da variedade anterior. Por isso, estamos tentando fazer um enxerto com a variedade ‘Palora do Equador’, que pertence à espécie Selenicereus megalanthus.

Coletamos um pedacinho da pitaya ‘Palora’ para servir de cavaleiro.

Observação: Vale destacar que a muda da ‘Palora’, que compramos pela internet e plantamos diretamente no solo, não se desenvolveu muito bem. Ela cresceu, ficou comprida, mas não de forma exuberante. A informação que temos é que essa variedade tem melhor desempenho quando enxertada – um caso clássico em que a enxertia proporciona um desenvolvimento superior ao plantio de pé franco.

Voltando para enxertia:

O enxerto foi feito utilizando uma ponteira e uma parte mais basal da planta, optando pelo método tipo cunha – um dos vários tipos possíveis em pitayas. Seguimos a orientação do canal Betinho Pitayas, que afirma que as variedades da espécie megalanthus se adaptam muito bem a esse tipo de enxerto.

Começamos extraindo uma pequena porção da pitaya que serviria de cavalo, fizemos o corte, preparamos a cunha da ‘Palora’, encaixamos no cavalo e prendemos com fita adesiva.

Essa foi a nossa experiência inicial com a enxertia da ‘Palora do Equador’, e agora era só esperar. Um mês e meio depois, retornamos para ver o resultado e… foi um sucesso! Os brotinhos já estão saindo!

Observamos que tanto o enxerto feito com a parte mais velha do cladódio quanto com a ponteira deram certo. Isso mostra que, mesmo sem experiência, a enxertia de pitaya é uma operação relativamente simples e com grandes chances de sucesso. Além disso, usamos o tipo de enxerto recomendado para essa variedade, a enxertia tipo cunha, que teve 100% de pegamento na nossa experiência de dois enxertos.

Importante destacar um pequeno erro que cometemos: ao mudar a copa da planta, cortamos o cavalo, a pitaya branca, muito baixo. O ideal teria sido manter a altura e aproveitar melhor o crescimento já alcançado – isso nos pouparia tempo. Foi uma falha por inexperiência e pelas adaptações que fizemos na moringa, mas fica o alerta para vocês não repetirem esse erro.

🎥 Quer ver o vídeo com o passo a passo completo dessa enxertia? Desde o corte até o surgimento dos brotos, mostrei tudo no canal. É só acompanhar de perto essa experiência no cultivo da pitaya ‘Palora do Equador’:

Queremos também acompanhar o desenvolvimento da ‘Palora’ enxertada e comparar com outra ‘Palora’ que plantamos diretamente no solo. Há uma polêmica entre produtores: alguns afirmam que a Palora só vai bem enxertada, em cavalo com sistema radicular mais vigoroso. Outros dizem que na região deles a planta não se adaptou ao enxerto. Aqui no norte do Rio de Janeiro, com clima quente e perto do nível do mar, vamos fazer essa comparação entre pé franco e enxertia, observando crescimento e frutificação.

Então é isso, pessoal! Vamos seguir acompanhando essa experiência e trazer os resultados pra vocês. Até mais!

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