Você já ouviu falar em radite? Essa hortaliça não era conhecida por aqui até pouco tempo atrás, quando tivemos a alegria de receber algumas sementes de uma amiga de Santa Catarina, de ascendência italiana. Foi assim que começou a nossa curiosidade por essa planta, que hoje ocupa um cantinho especial na nossa horta.
Chega a ser difícil identificar com precisão a espécie correta dessa planta, uma vez que o nome radite é dado a várias plantas comestíveis, cultivadas ou não, geralmente com folhas amargas. Em algumas regiões do Brasil, o termo é sinônimo de chicória ou almeirão; em outras, é considerado uma variedade específica, muitas vezes passada de geração em geração.
É provavelmente uma variedade mais rústica de almeirão, da família Asteraceae, trazida pelos imigrantes. O radite carrega uma forte ligação com a cultura alimentar dos descendentes de imigrantes europeus, especialmente os italianos. Em muitas famílias, o cultivo dessa hortaliça passou de geração em geração, com sementes guardadas com carinho e histórias que acompanham o plantio.
É uma planta muito bonita, rústica e fácil de cultivar. É fonte de vitaminas A, B1, B2 e vitamina C, além de minerais como fósforo, ferro e cálcio. E tem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, cicatrizantes e diuréticas. Ou seja, além de saborosa, ela também contribui para uma alimentação mais saudável e rica em nutrientes.
Suas folhas, principalmente quando jovens, são bem macias e têm sabor levemente amargo. Quando adultas, ganham um pouco mais de fibras e o amargor se acentua. Continuam saborosas, mas, se você é do tipo que não gosta de nada amargo, dê preferência às folhas jovens. Muita gente aproveita as folhas refogadas ou na salada, e há quem prepare bolinhos ou recheios com elas – tudo depende do seu paladar e criatividade na cozinha.
A planta produz folhas por um longo período, até que começa a emitir sua inflorescência. Nesse momento, se quisermos que ela continue a produzir folhas, é necessário eliminar a inflorescência e postergar a floração da planta. Esse manejo é simples, mas faz toda a diferença para prolongar a colheita.
Quando em floração, o radite pode atingir cerca de metro e meio ou mais, e suas flores são de uma beleza incrível.
Sua facilidade de florescer e produzir uma grande quantidade de sementes é uma característica que valorizamos muito nessa planta. Quando secas, essas sementes se espalham pela horta, e irão gerar outras plantas no próximo ano. Essa “regeneração natural” faz com que o radite volte sozinho em ciclos, o que é ótimo para quem gosta de uma horta mais espontânea e diversificada.
O radite foi uma dessas descobertas que a gente faz sem esperar e acaba gostando de verdade. Além de resistente e bonito, é fácil de manter na horta e recompensa com bastante folha.
Claro! Aqui está um parágrafo que convida o leitor a assistir ao vídeo e se conecta naturalmente com o restante do post:
Se quiser ver de perto o radite na horta, a gente mostra tudo no vídeo completo lá no canal. É só clicar aqui para assistir:
Se você já cultivou o radite ou conhece essa planta com outro nome, conta aqui nos comentários! Vamos adorar conhecer outras histórias e experiências com essa hortaliça tão especial.